A dor do crescimento são dores que surgem à noite ou de madrugada, às vezes tão intensas que levam ao choro e na manhã seguinte, a criança está totalmente assintomática e sem dores.
Antes de mais nada, é importante falar que a dor do crescimento é rara e há casos em que os pais notam uma relação entre o aumento de atividade física e a dor, mas isso não é constante.
Apesar disso, as queixas de dores em membros são comuns em crianças e, na maioria das vezes, são benignas e receberam o nome de “dor do crescimento”.
Bem como, este termo foi consagrado pelo seu uso e ainda é utilizado nos dias atuais, servindo para diferenciá-la de uma série de outras condições que causam dor em crianças.
Todavia, trata-se de uma condição benigna, de evolução crônica e de curso autolimitado, acometendo de 10% a 20% das crianças.
Com isso, obrigatoriamente, deve ser diferenciada de outras causas de dor presentes em doenças mais sérias.
Como saber se a criança tem a dor do crescimento?
Por ser a causa mais comum de dores nos membros, a família frequentemente pensa no diagnóstico de dor do crescimento, mas este é um diagnóstico de exclusão, sendo necessário diferenciá-la de outras causas de dor não benignas.
Por isso, as crianças nos primeiros episódios de dor, ou com história não característica de dor do crescimento, ou com alguma alteração no exame físico, deverão ser investigadas quanto a presença de sinais e sintomas compatíveis com outras causas, através de exames de laboratório ou de imagem.
Saiba mais sobre: o valor dos exames laboratoriais do seu filho
Quais são os principais sintomas?
O diagnóstico de dor do crescimento se baseia em critérios clínicos como:
- queixas de dores nas coxas;
- atrás dos joelhos;
- panturrilhas;
- tornozelo.
O início das crises geralmente ocorre em idade compreendida entre 3 e 6 anos, em ambos os sexos e o exame físico da criança é normal.
Ou seja, a criança caminha normalmente, a coluna e as extremidades não apresentam fraqueza muscular, deformidades, nem restrição de movimentos.
Os exames de imagem são necessários?
Os exames de imagem nos casos de dor de crescimento são comuns para investigar neoplasias, infecções e causas traumáticas.
Bem como, a ressonância magnética poderá mostrar uma lesão não detectada na radiografia simples, como a doença de Legg-Perthes-Calvé, fase inicial da osteomielite e neoplasias.
Cintilografia óssea pode ser necessária em casos de doença óssea difusa, como a osteomielite crônica multifocal ou metástases de câncer.
Como tratar a dor do crescimento?
A massagem ajuda bastante e para potencializar essa analgesia recomendo utilizar gel, spray ou hidratante próprio para o alívio de dores.
Pode-se também fazer uma compressa de gelo por 10 ou 20 minutos e em casos de desconfortos maiores o ideal é repousar.
É possível classificar os diferentes tipos de situação envolvendo a dor?
Sim, é possível como:
- Dor unilateral ou dor que persiste na manhã do dia seguinte devem levar a exclusão de possibilidades, tais como osteomielite, leucemia, tumores ósseos, artrite e outras.
- Dores que surgem durante o dia e/ou se agravam com a atividade física devem levar a pesquisa de dores de origem mecânica.
- Dores noturnas podem ocorrer em síndrome de hipermobilidade articular, leucemia e osteoma osteóide.
- Dores articulares que já estão presentes de manhã, ao acordar, com ou sem inchaço articular, mas evoluindo com restrição de movimentos podem ser indicativas de uma doença autoimune como a artrite idiopática juvenil.
Lembre-se que cada caso é um caso e o Pediatra precisa analisar o seu filho como um todo!!!
🥰Amor em cuidar dos Pequenos!
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