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Doença reumática e a vacina contra o sarampo.

O sarampo é uma doença infecciosa extremamente contagiosa transmitida pelo ar, quando uma pessoa tosse, espirra, fala ou respira perto de outras pessoas próximas no mesmo ambiente. Com isso, vem a preocupação com os portadores de doença reumática.

Nos últimos anos, o Brasil voltou a ter focos de surto de sarampo pelo país. Uma doença que havia sido erradicada desde 2016 e que pode causar complicações graves e até morte.

Sendo assim, também pode afetar o sistema imunológico, aumentando o risco de desenvolver outras doenças infecciosas e causar complicações neurológicas que podem deixar sequelas.

Os principais sintomas do sarampo são:

  • Febre alta – acima de 38,5 graus
  • Manchas vermelhas pelo corpo (aparecem cerca de 2 semanas após o contato com o vírus)
  • Sintomas respiratórios: coriza e tosse
  • Sintomas nos olhos: Conjuntivite, sensibilidade à luz e lacrimejamento
  • Pequenos pontos brancos na mucosa da boca (manchas de Koplik)

Será que portador de doença reumática pode se vacinar contra o sarampo?

A vacinação é a maneira mais eficiente de prevenir a doença. A vacina que previne contra a doença é a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), feita com vírus vivo atenuado, ou seja, vírus vivos mas enfraquecidos. Geralmente, é ministrada a primeira dose aos 12 meses de vida e aos 15 meses, de acordo com o calendário vacinal do Ministério da Saúde.

A tríplice viral é contra indicada para gestantes, certos grupos de pessoas que vivem com HIV, com histórico de alergia grave à vacina ou algum de seus componentes e imunossuprimidas por doença ou por medicação.

Portador de doença reumática pode ou não pode?

Pessoas portadoras de doenças reumáticas podem ou não ter restrições com relação a vacinas sendo assim converse sempre com seu médico reumatologista para receber as orientações. Pois é necessário avaliar atividade da doença e medicação em uso  já que  alteram o sistema imunológico ou tratamento imunossupressor, como artrite reumatoide, lúpus, esclerodermia, vasculites, entre outros. Nestes casos é preciso fazer uma avaliação individualizada, considerando o tipo de doença, o grau de atividade da doença (sem, baixo e alto) e o nível do imunossupressor (quantidade de medicação). 

  1. Não imunossuprimidos: pessoas com doença controlada sem medicação, ou em uso de sulfassalazina, hidroxicloroquina, corticoide tópico, inalatório, peri ou intra-articular.
  2. Baixo grau de imunossupressão: uso de prednisona em dose menor que 20 mg ao dia por menos de 2 semanas, ou metotrexato menor do que 20 mg por semana, ou leflunomida 20 mg ao dia.
  3. Alto grau de imunossupressão: uso de prednisona em dose maior do que 20 mg ao dia, pulsoterapia com metilprednisolona, micofenolato mofetil, ciclosporina, tacrolimus, azatioprina, tofacitinibe ou biológicos (infliximabe, etanercepte, golimumabe, certolizumabe, adalimumabe, abatacepte, tocilizumabe, ustequinumabe, belimumabe, secuquinumabe). Estes pacientes não devem ser vacinados enquanto estiverem em uso destas medicações

As pessoas não imunossuprimidas podem receber a primeira vacina conforme as recomendações da rotina. 

 As pessoas com baixo ou alto grau de imunossupressão têm risco de contrair a doença pela vacina, e só poderão recebê-la com orientação do reumatologista, após suspender as medicações durante um intervalo de segurança.  Em outras palavras, o reumatologista orienta o paciente a suspender por um tempo a medicação, ele recebe a vacina e reinicia o medicamento 4 semanas depois. Este intervalo de suspensão varia conforme o medicamento. Nunca suspenda o seu tratamento por conta própria, sempre consulte o seu médico para tomar qualquer decisão, pois isso pode trazer graves consequências! 

Quem tem baixo grau de imunossupressão e já foi vacinado uma vez, poderá receber o reforço após avaliação do reumatologista para considerar os riscos e benefícios.

Leia também: Doenças reumáticas em crianças

Outras medida de proteção

A melhor maneira de prevenir a doença é com a vacina. Mas para as pessoas que não podem tomá-la, segue as seguintes recomendações que auxiliam a reduzir as chances de contrair a doença:

  • Lave as mãos com água e sabão  
  • Use higienizador à base de álcool
  • Evitar tocar os olhos, nariz e boca. Se precisar tocar o rosto, certificar-se de que as mãos estão limpas
  • Cobrir a boca eo nariz ao tossir
  • Evitar contato com pessoas doentes
  • Mantenha pelo menos 1 metro de distância entre você e qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando
  • Use máscaras descartáveis em locais de muita circulação ou exposição.

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